domingo, 18 de abril de 2010

Nueva Canción




Nueva Canción

Pues lo que pasa
Es que ni es preciso
Decir la verdad
Ya está
Si tuvieras la oportunidad
Tu entienderias que el amor
Es mayor que cualquier cosa
Que pudieras de hecho conocer

Estamos lejos de casa
Cerca de lo que podría ser
Un nuevo princípio
Con ganas de hacer acontecer

Cariño tenga certeza
Que en esta realidad
El miedo se ha olvidado
Al otro lado del mar

A veces me quedo pensando
En hacer la cosa cierta
Pues lo que pasa
Es que en el tema de corazón
No hay ninguna regla

Entoces siempre que dejes
De vivir el sentimiento
Por completo
Haces una tontería
La vida es sencilla por demasiado
Aunque te parezca el contrário

Autor: Bjota
Copy: Ana

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Blues da varanda






Blues da Varanda



Da varanda do quarto
Vejo a cara do mundo
Em cada passo que atravessa o meu olhar
Muitos rostos, diferentes caminhos
Na realidade, a felicidade
Não escolhe língua pátria

Da varanda do quarto
Vejo o céu e a cidade
As pessoas em largos passos
Sonhar não tem nacionalidade
A vida é para quem descobre
Que amar de verdade
É um caminho mais curto do que se pensa


Da janela do quarto
Vejo tudo com uma nitidez que cega
Tão simples...
É alma que entrega
Fechar os olhos
É se abrir para um mundo
Que sequer cabe em qualquer palavra
Ou pensamento.


Bjota / Barcelona

Dia Universal



DIA UNIVERSAL



Imagine como o mundo seria se fosse governado pelas mulheres. Diálogo no lugar de conflito, dominação transformando-se em compaixão. Solidariedade ao invés de violência. Todo desacordo seria uma movimentação de palavras e idéias e não uma guerra com sangue e destruição. Porque as mulheres são muito mais generosas: uma mãe enviaria uma carta ou email ao inimigo, mas nunca enviaria seus filhos para os campos de batalha. Qual ditadura ou golpe político foi instaurado por uma mulher? Um ser que carrega em si o dom da vida não começaria uma luta armada. A história prova que não!


Imagine como o mundo seria se fosse governado pelas mulheres. Parafraseando Lennon, você diria que “eu sou um sonhador, mas eu não sou o único”. Mulheres tem sensibilidade para dizer “EU TE AMO”, “PRECISO DE VOCÊ”, homem diz: eu faço e aconteço! “elas criam a vida e nós concebemos bombas para acabar com o maior número delas”. Ciúme doentio esse, não? Empresa petrolífera, química, automobilística, armamentista: quem dirige o caos usa terno, gravata e não saia!


Imagine como o mundo seria se fosse governado pelas mulheres. Mas o mundo já é de vocês: Terra, água, vida, planeta, beleza. Todas estas palavras são femininas ou você já ouviu falar de “Pai natureza”? A diferença está na definição dos significados: mundo masculino, UNIVERSO FEMININO. Sendo assim, pelo menos nesta crônica eu proclamo para todos os quadrantes, galáxias e dimensões que o dia 8 de março não é o dia internacional, mas sim o DIA UNIVERSAL DAS MULHERES. Que assim seja e assim será...


Bjota / Barcelona

segunda-feira, 8 de março de 2010

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Blues in me




Blues in me


Fim de tarde na lagoa
O suor do rosto
Tempera a vista
Sem embaçar o pensamento

A vida e seus mistérios
Nunca vão sintetizar
Os infinitos personagens
Que moram em mim

Só sei..
Que não somos
Uma pessoa só
A cada dia nasce
Um outro dentro de nós

Mas se quiser me conhecer
Siga o vento...

Se quiser me entender
Solte a imaginação...

Se quiser me descobrir
Baby...siga sua intuição

Se quiser me amar
Não deixe de ouvir
A voz do seu coração

Para me esquecer
Cale a emoção e siga
Sabendo que a alma
Não apaga nenhum momento
Que viveu


Bjota

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Paralelepípedo


A letra "Paralelepípedo" faz parte do CD "La Plata", lançado em Outubro de 2008 pela banda mineira Jota Quest. Os versos dessa música sempre me chamaram a atenção. Quando descobri a música que é cantada de forma bastante simples, quase infantil, comecei a refletir um pouco mais sobre o sentido da letra e aos poucos fui chegando a pequenas conclusões.

A letra parece um jogo de versos, na linha "Arnaldo Antuniana". Me lembra a música "Poder" que faz parte do segundo disco solo de Arnado, "Silêncio", lançado em 1996 e que traz em seu vídeo clip grandes estrelas do rock brasileiro, entre elas: Roberto frejat, Nasi, Edgard Scandurra. Arnaldo cantava os seguintes versos: " pode ser loucura / pode ser razão / pode ser sim / pode ser não / pode ser Maria / pode ser João / pode ser carro / pode ser avião / eu só não sei porque eu e você / não pode não". Confesso que não sei se a letra "Paralelepípedo" é de autoria de Arnaldo ou de algum dos membros do Jota, sendo neste último caso, sim uma grata surpresa.

Me seduz a forma criativa e lírica com que os versos de "Paralelepípedo" brincam com a sonoridade e sentido das palavras. Em uma acepção mais real, paralelepípedo me remete a obstáculo, dificuldade. Você (seja de carro ou a pé) não caminha em uma rua de asfalto liso da mesma forma que caminha em uma rua com paralelepípedo. Caminha?

Aprecio o uso da expressão "para" que faz parte da palavra "para-lelepípedo" e se apresenta em toda letra, ganhando sempre destaque: "para a medicina luta / transfusão sanguínea". Este trecho admite um tremendo osbtáculo: você precisa lutar para ser um bom médico no Brasil e revela um contraponto de esperança: "transfusão sanguínea" que renova as energias quando acontece tanto para a vida, quanto para a medicina.

Segue a letra dizendo (melhor ainda, cantando): "paranóia nossa / turn off parabólica". Com tamanha carga de informação: TV, orkut, msn, twiter, blog, SMS, celular, GPS. Você precisa se desligar da parabólica de vez enquando, se não quiser que seu "HD" entre em curto circuito. O verso termina de forma bastante original: "parafraseando Otto / acabo de entrar / pra solidão... a cabo".

Genial! Passei o último feriado sozinho, totalmente sozinho em casa e também entrei pra solidão a cabo. Mesmo com tanta diversidade de companhia (leia-se: canais), a solidão a cabo é um tédio. Quando você está sozinho consigo mesmo, imerso em seus pensamentos e dúvidas, você sabe para onde ir? Mesmo escutando em baixo volume a música o verso abaixo amplifica: “pra onde é que eu vou agora / além de mim? E a terra prometida”? A terra prometida. Será o amor?

Em outra estrofe a letra de forma bastante visceral apresenta a dureza da vida e depois sugere um contraponto mais macio e suave: “Paralelepípedo / Para-lama sujo / Para-choque duro / Para além das flores”. O que pode ser mais duro que um paralelepípedo ou mais suave do que as flores?

Verso novo e nova proposta de reflexão: “paralise o mundo / aperte o parafuso”. Afinal, paralisar o mundo é uma ideia tão utópica que a pessoa deve mesmo apertar os parafusos da cabeça, para se reconectar a realidade.

Para quem se preocupa com as questões político/religiosas: “paranóia santa / turn off intolerância / parafraseando Yuka / a américa ninguém regula”. A questão palestina e israelense é uma paranóia santa, que incita a intolerância. Eu concordo plenamente com Yuka: com menos ganância, a américa resolveria a situação.

E a letra termina de forma apoteótica: “e as crianças / pára-raios / e a esperança / por quantas anda / os paparazzi da guerra / no asfalto quente / petrolíferas mentes.” E as crianças que (como pára-raios) absorvem parte de todo essa desenfreada ambição, sem ter um dedo de culpa?
E a esperança, por quantas anda em tempos de pré-sal? Os paparazzi da guerra (os senhores engravatados do planalto, Texas, Chicago, Londres, Washighton ou Riad) que em suas salas decidem o futuro do mundo e das guerras assistindo e se divertindo com todo caos, legítimos paparazzis da guerra. Ricos no dinheiro, pobres de alma ou se você preferir: “petrolíferas mentes”.
Obs: apenas para deixar registrado, escrever tantas vezes a palavra "Paralelepípedo" é um tremendo exercício de paciência e escrita. A propósito, a música é linda e vale apenas ser ouvida. "Para-zer" geral, segue link no youtube. http://www.youtube.com/watch?v=dfBhDZlKOcY
PARALELEPÍPEDO

PARALELEPÍPEDO
PARALELO ÚNICO
PÁRA-QUEDAS, VIDA!
PARA LER EPÍLOGOS

PARALISE O MUNDO!
APERTE O PARAFUSO!
PARA MEDICINA, LUTA!
TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA!

PARANÓIA NOSSA?
TURN-OFF PARABÓLICA!
PARAFRASEANDO OTTO
ACABO DE ENTRAR PRA SOLIDÃO... A CABO

PRA ONDE É QUE EU CORRO AGORA?
PRA ALÉM DE MIM?
E A TERRA PROMETIDA?

PARALELEPÍPEDO
PÁRA-LAMA SUJO
PÁRA-CHOQUE DURO
PARA ALÉM DAS FLORES

PARALISE O MUNDO!
APERTE O PARAFUSO!
PARA MEDICINA, LUTA!
TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA!

PARANÓIA SANTA?
TURN-OFF INTOLERÂNCIA!
PARAFRASEANDO YUKA
A AMÉRICA NINGUÉM REGULA

PRA ONDE É QUE EU CORRO AGORA?
PRA ALÉM DE MIM?
E A TERRA PROMETIDA?

E AS CRIANÇAS PÁRA-RAIOS?
A ESPERANÇA, A QUANTAS ANDA?
OS PAPARAZZI DA GUERRAO ASFALTO QUENTE
PETROLÍFERAS MENTES!!!


Autor: ainda desconhecido

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Crônica do Ensaio


Crônica do ensaio: chegada ou partida?


Dia desses fiz uma viagem longa de avião. Estava a noite e por essa razão não pude (como de costume) apreciar a paisagem pela janela da aeronave, uma vez que naquele momento eu só conseguia avistar pontinhos luminosos pelo chão. Confesso que em dias de céu azul, voar me causa um intenso prazer quando percebo que olhando lá de cima o mundo parece bonito e seguro.

Voltando a minha viagem noturna, depois de um início tranqüilo começo a ver clarões, nuvens carregadas e muita água pela janela. No corredor, a luzinha vermelha dos comissários acende com seu indefectível som e percebo que mergulhamos em uma turbulência de arrepiar.

O avião era chacoalhado para direita e para a esquerda, além de balançar bastante. Certamente é a mesma sensação de quem está dentro de um carro em uma estrada de terra muito esburacada. O vento parecia se incomodar com a nossa presença nos céus e nos empurrava com “tapas” que faziam barulho na estrutura do avião.

Dentro, eu procurava me distrair lendo uma revista e procurando idosos e criancinhas pelas poltronas do avião. Sim, porque sempre acreditei que Deus não derruba aviões cheios de “pessoas” indefesas. Avião com celebridade dificilmente cai também! Mas no meu vôo não tinha ninguém famoso. Nessa altura (com pequenos intervalos, a turbulência se estendia por mais de 40 minutos) e eu já nem sabia onde colocava as mãos. A única criança dentro do avião, se divertia com o balanço e ria de tudo. Então tive um acesso existencialista e comecei a pensar e repensar a minha própria vida. E se tudo acabasse agora? Teria valido a pena? Realizei tudo que gostaria de realizar? Cumpri minha missão? E a resposta causou ainda mais turbulência: NÃO!

Não é que eu morreria infeliz. Afinal, já me diverti muito em relação a idade que tenho. A verdade é que não morreria satisfeito. Isso sim! Partiria incomodado porque existem tantas coisas para serem feitas e vividas, lugares nunca visitados, pessoas especiais, que na minha opinião seria na falta de uma melhor palavra: injusto uma partida precoce, mesmo que tudo tenha uma razão de ser.

Comecei então a pensar em grandes pessoas, em grandes nomes que viveram ou vivem de forma longeva como: Ivo Pitanguy, Antônio Ermírio de Moraes e os falecidos Roberto Marinho, Carlos Drumond de Andrade e Paulo Autran. Todos acima dos 80 anos. Não que eu estivesse me comparando com estas figuras únicas e especiais, é que eu estava pensando apenas no melhor ser humano que eu poderia me transformar caso nada acontecesse, e claro, acabei me espelhando no que existe e existiu de melhor.

Enquanto o avião balançava, eu continuei pensando: “e se a vida fosse um longa-metragem, que nome eu daria ao meu filme?” Embora estivesse no meio de uma grande turbulência a resposta me veio clara e transparente, meu filme se chamaria: “Ensaio”. Porque sinto que ainda estou ensaiando para estrear no papel principal da vida: aqueles momentos onde alcançamos grandes realizações, conquistas e consequentemente, experimentamos uma felicidade até então desconhecida.

Na seqüência, me perguntei: é possível interromper um ensaio?! Se você não ensaiar, você não acerta. Concluí o seguinte: um ensaio só é interrompido se o “diretor” da peça julgar que você precisa desempenhar outras funções e te convocar para uma “conversa”, uma mudança de direção. Se for por desejo do “diretor”, a peça pode ser interrompida.

Pensando dessa forma, relaxei dentro do avião e soltei as mãos do encosto da poltrona que quase arranquei, enquanto balançavamos incessantemente. Não que o medo de partir tivesse ido embora. Nesse quesito, eu concordo com uma declaração do Cazuza, em dezembro de 1988, na TV Bandeirantes, extinto programa CARA a CARA com a Marília Gabriela, ele no auge de sua criação e já com os traços físicos que denunciavam o mal que lhe consumia. Depois de uma longa crise pulmonar em Boston e 15 dias em coma, Cazuza revelou na entrevista:

“Depois da crise, não é que eu não tenha mais medo de morrer. O medo de morrer é básico! Mas é que eu gosto tanto de estar vivo, que eu acho que morrer vai ser um desperdício”.

Depois da turbulência, não é que eu tenha mais medo de partir! Mas eu estou há tanto tempo ensaiando, que eu acho que uma conversa agora com o “diretor” seria um desperdício: de tempo, de energia e de vida.

O que eu posso dizer, é que o avião chegou em seu destino, eu tive dias maravilhosos, voltei pra casa com ainda mais energia para continuar ensaiando, já que a estréia da peça se anuncia cada vez mais próxima. E claro, depois de toda essa turbulência (inclusive existencial) algo ficou mais claro: o objetivo não é ser o melhor de todos, e sim, o melhor ser humano que eu puder me transformar. Escrever esta crônica dividindo medos e anseios acreditem, foi um tremendo exercício de crescimento e evolução.


Bjota