sexta-feira, 29 de maio de 2009

Colorido do amor


COLORIDO DO AMOR

O mel desses cabelos
Ouro que reluz toda manhã
O céu ... e pertinho as estrelas azuis
Bom dia, meu bem!

O corpo matéria prima
Fogo que incendeia
Mútuos anseios
Primeiro o olho aceso
Acende e satisfaz

A janela entreaberta
Os sonhos entrando já de manhã
As crianças na rua, a mesa, a maçã
E as mãos despindo o desejo em comum

A porta de casa
Assiste quem passa
Só passa você
As cores da cama desfeita
Bagunçam a cabeça e as palavras


Embaixo do preto, tem rosa e vermelho
Não me pergunte por quê
No meio, o amarelo conduz o desejo
Explica a que veio
E o peito comporta
O que não tem tamanho e nem cor

Bjota - 2006

2 comentários:

  1. arco-íres de contentamento,
    lendo o belo e o sentindo por dentro,
    como um sonho que é delicioso até mesmo quando se acorda!

    parabens pela sensibilidade, amei o que se diz:
    `e o peito comporta o que não tem tamanho e nem cor`
    linda, linda, linda `definicão` de amor!

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  2. "A porta de casa
    Assiste quem passa
    Só passa você
    As cores da cama desfeita
    Bagunçam a cabeça e as palavras"

    Bjota, este verso pra mim é tradução da sensualidade em forma sutil, é quase uma maneira de dizer: "estou apaixonada e quero vc aqui em ksa pra sempre". Uau! Sensual, delicado e criativo. A mais bela poesia postada até agora! Vc deveria estar bastante apaixonado quando escreveu ou vcs poetas são capazes de escrever versos assim sem amar? Lindo! "e as mãos despindo o desejo em comum" rss.... quero meu namorado agora! kkk. Bjo Bjota

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