quinta-feira, 23 de julho de 2009

Defina-se

Defina-se


O amor é o ódio ao contrário e a palavra sim é o não ao avesso? Então infelicidade quer dizer exatamente o quê? Porque até onde eu sei pessoas felizes também se deprimem, se questionam, se chateiam. A diferença que pessoas felizes usam sua inteligência e entendem que a infelicidade é um estado passageiro e ás vezes até necessário, mas não é preciso cultivá-la.

Ganhar mal, não ter um amor ou ter mais de um, atrasar o aluguel, andar de ônibus. Enfim cada um sabe o que lhe dói. Dedicar algum tempo de reflexão as suas dores e machucados funciona, mas fechar a cara para o mundo e entornar uma garrafa de uísque é tão produtivo quanto mudar a sua vida como um giro de 360 graus. Bêbado e puto você não vai a lugar algum.

Muito da nossa vida não depende do apenas do destino. As escolhas que fazemos por exemplo. Os amigos que você faz, se decidiu ser honesto ou malandro, se valoriza mais a grana do que a paz de espírito, se costuma correr atrás ou em busca do seus projetos (quem corre atrás nunca alcança), se reconhece os momentos de falar e se calar, se sai do país ou fica, se você cultiva a infelicidade ou busca a sua felicidade... enfim, esse tipo de coisa.

Nossas escolhas vão nos moldando, diariamente. E o resultado delas é a pessoa em que eu e você nos tornamos. Tem gente que é infeliz porque tem uma doença terminal e outros porque tem preguiça, escolhem não mudar de vida. Os que estão morrendo não podem escolher. Mas os outros, podem optar. É por isso que eu acredito que continua infeliz só quem quer. Se suas escolhas definem quem você é, então defina-se logo enquanto a vida lhe permite escolher.


OBS: esta crônica foi inspirada em texto da psicanalista Martha Medeiros.




5 comentários:

  1. Puts grila, Bruno! Esse texto veio a calhar! Logo hoje que queria me afogar numa garrafa de whisky! (Logo eu que odeeeeeeio whisky!)
    Bom, apesar da cabeça doendo e alguns cacos pra recolher, defini que um bom colo e algumas risadas é que vão levantar o meu astral!
    Amei o texto! Pra variar, você foi perfeito!
    Beijo enorme!

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  2. Pronto! Além de poeta e publicitário, vc é agora psicanalista? E me defini: não existe felicidade e sim momentos de felicidade. Ler e acompanhar o seu blog é um deles... beijooooo bjota! Flora

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  3. e o prazer de ler vc? seria a inveja de cabeça para baixo??? heheheh
    bacana demais, me deleito...rsrrsrs
    que delícia...muito bom...

    é...a felicida-de, a felici-da-de, a felicidade...diria Caetano e tantos outros, nosotros sempre queriendo saber dela, quem é ela? qual a definição dela, qual a forma e o jeito dela? por onde anda ela para muitos? ou para poucos? saberiam dela os loucos?
    dissera vc outrora, `o futuro são as pegadas do nosso próprio caminho (ou algo assim)`...
    a felicidade é o presente e o futuro...
    cada um tem a sua vida e livre arbítrio nas próprias escolhas, sobre o destino eu não sei, não sei mesmo...mas sei que temos a opção de ser feliz, ou não...depende de nós, depende de gente que nos faça refletir a respeito de nós, como fizera a mencionada psicanalista, e como faz vc a mim ou em mim, neste exato instante!
    seja sempre feliz meu querido, são os meus sinceros e felizes votos!

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  4. Ahhhh adorei esse texto com cara e jeito de divã! Concordo com muitas coisas que vc disse e nutro um sentimento ambíguo pelas escolhas: ao mesmo tempo que amedrontam, que fascinam por me oferecer as mais variadas possibilidades. Escolher não é fácil, definitivamente... Brindemos, meu caro, com um legítimo cawboy à essa tal de escolha. Tin tin.

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  5. Meninas adorei os comentários. Cecil e Flora obrigado pelo elogio. Até me achei. Ana, será que eu viro texto de auto-ajuda? rs. Zuza Júlia.. perfeita a sua definição: "texto com cara de divã". Eu é que me deleito com a inteligência de vcsss! Beijooo

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